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domingo, 28 de outubro de 2018

Harbinger

Não consigo entender... não consigo entender esse mundo, não consigo entender essas pessoas, todos cagam regra sobre democracia, liberdade, respeito, inteligência... Gente que se diz democrática e exclui arbitrariamente, quer liberdade de falar o que bem quiser sem ouvir o que não quer, desabafam em público mas não querem ouvir, então porque fazem? Porque abrem um problema se não quer uma resposta? Gente que se diz superior aos animais por ser "racional" Mas agem por impulso, sem pensar e guiados por emoções que nem os mesmos entendem. Sempre disse que não não passo de um animal com um sistema racional mal acabado, por que eu não me porto de forma tão incoerente, ou apenas não noto que me porto? Se não consigo entender o que está na minha cara como poderei entender o que alguém sente? Como posso entender a dor do meu pet que perdera quem ama, sua única razão de existir? Como poderei entender o outro? mesmo que sendo um simples desejo por liberdade não tenho sido capaz de compreender. Isso me assusta, isso me apavora. Tenho medo por não conseguir entender, um terror avassalador de estar ferindo eles, a chance de estar machucando eles me cria um desespero de doer o peito, a cabeça e a alma. Isso tudo soma ao remorso e à frustração de não conseguir entender onde foi que errei com um terceiro que se afastou... dor somada à saudade de nunca saber que erro cometi com meu filhote que há muito me deixou.  Eu deveria cuidar deles e em vez disso sou acossado pela dúvida, não consigo dizer nem se sou capaz. Tudo às quatro da manhã aos pedaços no chat de quem nem tem nada a ver com meu problema.Irrelevante quando tempo passe, quantos universos venham, quantos mundos conquiste ou quantos inimigos derrote no final das contas sou um fraco, um fiasco patético. Não sei se consigo continuar, tenho medo de estragar tudo e a chance de feri-los me desespera. só tinha que cuidar deles. i had one job... and i failed miserably. Ao passo que me vejo incapaz de seguir os ensinamentos de Shao Hao a voz de illidan ecoa "você não está preparado". Só o que tento é ajudar e o que consigo é destruir mais ainda? Ora imbecil, o que esperava, ainda não ficou claro que a natureza do vil e a essência do caos é destruir? Talvez fosse mais benéfico parar de tentar,  Talvez fosse mais benéfico deixar de existir...

 

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Ep. 10 - Amanhecer

Manhã, 12° Lua Cheia de Inverno, 16 Ciclo da 2° Era


O sol já havia se levantado do horizonte, mostrando que o estrago causado era muito maior que a primeira impressão. Lupina procurava Drako na eterna marca queimada de um portão demoníaco, procurou em tudo que havia ao redor e encontrou atrás de uma pedra, bem na sombra da explosão, um lobo branco e outro cinza.
Eram Lyukes e Garesky, dois irmaos e amigos de infância... um em pior estado que o outro.
"Olá lupina, que bom vê-la" falou rouco o lobo cinza.  "Gare..." ela não conseguiu dizer mais nada.
"Abusada!!! que bom que está de pé hahaghof cof cof" disse o lobo branco extrovertidamente, mesmo tossindo sangue.  "Lyu...." as palavras não saíam, nem sequer se formulavam.

"Hey metida... isso aqui é para você." Lyukes segurava um pergaminho na mão, Lupina pegou e o abriu.
A grafia inconfundível de Drakkon trazia escrito uma única frase:
"Escrevam sua história, Façam seu destino"


...



Nycole se ajoelhou aos prantos ao lado de Freki "Por favor, não... não, não, não... seu idiota suicida... acorde, acorde agora..." gritava ela socando-o no peito... "não se atreva a me deixar sem conhecer o seu... o nosso filhote" gritou ela debruçando-se sobre o peito dele soluçando e chorando... "Filhote? alguém me mate, por favor." falou Freki, Nycole se levantou com olhos arregalados, Freki sorriu para ela "Seu desgraçado!!!" gritou ela abraçando o pescoço dele "se continuar apertando.... eu morro mesmo" Freki colou-a junto ao peito e a abraçou, o braço quebrado doía mas mesmo assim não a soltaria.


...



Corin despencou dos céu caindo perto da Lupina, "Conseguimos" disse ele. Lupina se agarrou a ele chorando "heyhey se acalme minha lobinha... só fui derrubado, nada demais" disse dando uma lambida no focinho dela, palavras tranquilizadoras entretanto muito longe da realidade.
O dragão vermelho robusto teve seu preço de acordo, cinco costelas, um braço, as duas pernas e as asas retalhadas e fraturadas em três lugares diferentes , um dos chifres e vários outros espinhais do lado esquerdo também foram arrancados... Ele nunca mais voaria novamente, terá muita sorte se conseguir voltar a caminhar normalmente.



...


O Arcanjo pousou do lado dos dois e leu rapidamente o pergaminho que lupina largou no chão, Ele deu alguns passos a frente e bradou para a multidão "Lembrem-se deste dia, quando conquistamos a vitória. O preço da liberdade é alto mas agora 'escreveremos nossa história e faremos nosso destino' "


Lupina reconhecendo o trecho olhou para ele e perguntou "Sabe o que isso significa?" Elohim se ajoelhou em frente a ela "ele e eu estivemos aqui para isso, agora terminou... Isso significa que nós não somos mais necessários."

Elohim se pôs de pé "Lupina, conto com você para guiá-los a partir de agora, Drako confiava em vocês dois e eu também confiarei." Disse o Arcanjo antes de cair para trás........ morto.







Memento mori at carpe omnium!

Lupina Ban-Draoidh Líadan ~ Cronista das Eras




Agradecimentos: Arcanjo Lycan, Lupina , Freki,

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Vil

O que há de difícil a se entender da vileza? Inconstante, destrutiva... é muito fácil julgar quem se entrega, é muito fácil tarjar de demônio, de traidor e então caça-lo, bani-lo, matá-lo. Aos milhares os gananciosos a procuram em busca de ter mais poder, mas os que realmente tem poder não o conquistaram à base da ganância. O que faz um ser escolher um caminho desse? Ser odiado, desprezado... É por puro desejo por mais? Talvez, não conheço as histórias de todos os generais, conheço a minha.

Começa com uma linda história de amor, um demônio amaldiçoado a ter um coração e uma arcanjo que o ridicularizava por isso. Ele teme, o maior marco que tivera foi o sofrimento, porém o coração teimoso sem permissão continua batendo. Em ritmo e harmonia, cativa o anjo que se aproxima, o demônio antes inseguro se rende à sensação, deixando-o bater livremente. Quando de repente ela apunhala o pequeno coração, ele cai para trás aturdido em um mar de dor e terror, se retrai instintivamente em proteção, o anjo toma-lhe uma parte de seu coração ensanguentado e parte para o além.

A dor é agoniante, lhe fora arrancado um pedaço valioso de si mesmo. Poderia apenas se deitar ali e sangrar até morrer mas não pode, por ainda há seu filhote que ainda precisa dele, não é sua hora ainda e pede para os que lhe sobrou "cicatrize pequenino, e rápido..." e atendendo ao senso de responsabilidade o pequeno coração se remenda, rápido demais, ruim demais, uma cicatriz medonha assume o lugar das bordas laceradas, uma cicatriz horrenda e inflexível.

Seu filhote cresce, agora está até em um relacionamento, ele relaxa, seu coração finalmente consegue bater sem a dolorosa inflexibilidade da cicatriz, mas nesse momento de relaxamento uma cisão irrompe entre seu filhote e o outro, o demônio busca pela causa de tal e se enoja de si pela própria omissão. Pior que isso, a criatura que antes amorosa e dedicada se afogava em ódio, ele luta contra uma tempestade para puxar o ser para um recife. Exausto, deita-se sobre a rocha e vê seu filhote com suas lindas asas de veludo, em um golpe, apunhala seu coração recém libertado novamente abrindo-lhe um talho e tirando-lhe um pedaço. Por um momento vê a arcanjo mas seguindo as asas emplumadas percebe que olha seu filhote. Se engasga com uma golfada surda do próprio sangue na garganta, duplamente horrorizado, a dor mais intensa do que a primeira vez, se encolhe sobre a rocha e chora.

À sua frente o semblante da outra criatura, seu pelo azul escuro com uma discreta faixa laranja percorrendo a extensão de seu focinho. Junto à dor a culpa se acumula, não, não provocou o sofrimento daquele ser, mas tão pouco tentou evitá-lo e por não tê-lo feito é  parcialmente responsável. Novamente implora "não posso deixá-lo" e o pequeno coração agora tem duas cicatrizes horrendas e inflexíveis... Ele teme e o protege desesperadamente enquanto tenta cuidar de não deixar o ser de pelagem azul escorregar para a própria morte.

O tempo passa, as sequelas não. Tenta estar presente o máximo possível e acompanhar o ser de pelagem azul principalmente em seus momentos sombrios, não era melhor que ele, também estava alquebrado, mas tira forças do além para tentar ajudá-lo, é sua responsabilidade, fizera esta escolha. No meio da noite escura um cometa envolto em fogo pousa perto deles, as labaredas dançam do solo em uma beleza selvagem, de dentro um outro ser recoberto de escamas rubras e negras surge.

Seus instintos gritam em advertência ao provável perigo, entretanto o ser se aproxima irradiando calor que conforta sua alma deformada e silencia seus medos. Carinhoso e fofo, impossível de manter garras em riste. O ser de escamas se aproxima, Ele baixa a guarda, deixando-se levar pela carícia que a muito não sabia mais o que significava. O tempo se passa e pelo calor daquele pequeno ser de escama o coração do demônio volta  a conseguir bater indolor, então outra punhalada lhe trespassa e ele cai com um ganido mudo. Outro pedaço, a dor latente e o sangue escorrendo, com uma vontade titânica, vira a cabeça. Por um segundo pensou ter visto o preto e vermelho de seu filhote, a visão turva se ajusta e distingue-se o ser de escamas. A lua se estende prateada no céu noturno, em seu alvo brilho distingue-se o semblante da arcanjo "Tauriel! Porque me persegue? Por que me odeia? Qual foi o tamanho mal que lhe causei?"

A centenas de metros vê o ser de pelagem azul descansando. Com um grunhido rosnado força a si mesmo a se mover, novamente, é necessário. Outra cicatriz horrível se instala, ele olha o ser de pelagem azul e sorri melancolicamente "seu pedaço está guardado para quando for sua vez de usar a lâmina", fraqueja e cai "Levanta!" rosna para si mesmo e então nota outro de escamas negras só que com contraste em verde esmeralda, indaga com uma curiosidade e humor sombrios "será que finalmente chegou aquele que vai dar o golpe de misericórdia?".


FIM...?



sexta-feira, 1 de junho de 2018

Ep. 09 - Legião

Noite, 12° Lua Cheia de Inverno, 16 Ciclo da 2° Era



"Ninguém jamais ouviu falar da aldeia em que nasci e ninguém jamais ouvirá. Igual a ela, todo este mundo deverá cair no esquecimento e na destruição. Levantem-se demônios, a Legião conquistará esta terra não importa quantas guerras tenhamos que travar !!!"

O bruxo licantropo tinha acabado de terminar os rituais de invocação, toda vida próxima daquela área simplesmente foi destruída restando nada mais que terra seca e rochas. Aquele lugar não se parecia com um deserto até poucas horas atrás...
Drakkon pousou em frente ao bruxo lupino, "Drakkon... Veio juntar-se a mim?" Drakkon negou com a cabeça "Não Paradom, vim corrigir o erro que cometi há vinte ciclos quando poupei sua vida", já esperando a resposta Paradom ironizou "E você vai deter toda a Legião, sem dúvida que vai."


"Ele não está Sozinho" Bradou Elohin pousando ao lado do dragão.
Ouviu se um estrondoso estalo de energia e o portal cor de esmeralda Rasgou o espaço e o tempo. Paradom não estava surpreso... apenas elevou o volume e declarou "Então dragão?! Vai recusar esta oferta...e ainda trouxe esses cães sarnentos aqui só para ver você Morrer ?!"




Os outros lobos de diversas tribos apareciam em grande volume, volume quase tão grande quando o que acabara de cruzar pelo portal infernal. sem nenhum tempo de organização ou sinal de preparo os demônios começaram a investida, alguns guerreiros que ficaram surpreso pela ação repentina caíram mortos ou incapazes ali mesmo.






. . . . .



A batalha se arrastava por horas e o número de demônios agora era de vinte para cada lobo. Corin, Elohin e Drakkon  lutando nos céus não tiveram melhor sorte.... por ser apenas o arcanjo e os dois dragões enfrentando os demônios alados esse número era de cem para cada.


"Eles não vão parar de vir" gritou Corin distante. A situação era de calamidade completa, enquanto aquele portal estivesse aberto nunca cessariam as passagens. Drakkon se aproximou de Elohin e falou "espero que dê certo o que estou planejando, Fortuna Sequire Vos Arcanjo... que os ancestrais protejam a todos." e mergulhou em queda livre desaparecendo dentro do portal.





Segundos intermináveis se passaram e então um estrondo gigantesco, o portal estava agora com o dobro de tamanho e com as energias se movendo descontroladamente. Raios dourados gigantescos ricocheteavam atingindo os demônios, dissolvendo seus dois corações dentro do peito e deixando à mostra um grande buraco. Os demônios caíam por terra e os alados choviam em chama a cada raio que se lançava trespassando as vezes 50 demônios de uma vez destruindo todos eles rapidamente, o último raio atingiu o cajado que se desfez em pedaços e arremessou o bruxo para longe.



O portal engoliu a si mesmo levando consigo tudo ao redor, só restou uma marca de queimado naquela terra eternamente corrompida e desértica.
Alguns minutos se passaram em silêncio, o sol mais avermelhado que o normal já havia nascido e a vitória era dos lobos... E o custo foi alto. Maioria estava morto ou morrendo e dos que restaram todos estavam feridos.
A voz conhecida da Lupina ecoou pelo terreno:
"Drako?.... Drako???...... DRAKKON!??????"





Memento mori at carpe omnium!
Lupina Ban-Draoidh Líadan ~ Cronista das Eras






domingo, 13 de maio de 2018

Ep.02 - Barganha

"...P-pe-pera, minha alma--?" Ele indagou, visivelmente assustado, sacudindo a cabeça enquanto um arrepio lhe percorria a espinha, logo se viu recuar em certo pânico diante da proposta que lhe fora oferecida... E seu custo. D inclinou a cabeça levemente de lado, fazendo parecer confuso ou curioso, aparência de se desfez quando com voz firme indagou "Perdão, eu gaguejei? Sim, sua alma." Reafirmou.  "Mas pra q-..." O jovem perdido, temeroso tentou questionar, mas aparentemente lhe faltou coragem, visto que sequer concluiu sua frase. Não sabia qual dos medos era maior: de entregar o que lhe restava, ou de tornar ao tormento que parecia sem fim. "Pra fazer de você minha eterna escrava sexual, afinal essa sua bundinha é uma delícia" disse com um sorriso malicioso divertindo-se com o pavor estampado no rosto do garoto. "MAS N-NEM SOB TORTURA." Sequer notando que se tratava apenas de um divertimento de sua companhia naquele vazio, ele adotou uma postura defensiva, demonstrando rispidez já em sua resposta, embora o medo ainda o fizesse gaguejar.
O sorriso no rosto do dragão duplicou de tamanho "Tem certeza? Dá outra olhadinha..." Disse apontando o inferno que se mostrava sob os pés deles "Não me daria o trabalho de fazer o trabalho deles por eles, torturado você será de qualquer jeito. Quer um vestido ou um escorregador até ali?" disse mal contendo o riso. "..." mantendo-se em silêncio, novamente dando uma rápida olhada diante do que lhe parecia inevitável, ele praticamente caiu ajoelhado diante da criatura que se fazia presente ali, instintivamente dando alguns passos para manter o equilíbrio. Suspirando em frustração, ele mudou o tom novamente, levantando mais questões, como se tivesse se esquecido do aviso previamente dado pelo dragão. "Fale sério... O que REALMENTE quer de mim..? Por que quer me tirar daqui, de lá..?" D deu uma suspirada para acalmar o ânimo e desfazer o sorriso "Eu meio que tropecei na sua dimensão, vi uma comoção e seguindo ela, assisti sua execução, dei uma rápida olhada na sua história e digamos que gostei de você então achei válido oferecer a proposta", "E o que ganha com isso? Duvido que fosse querer fazer isso de graça... Ninguém nunca faz." Kazuhiro suspirou antes de sua conclusão um tanto frustrada, mantendo os olhos fechados enquanto tentava não se deixar levar pelo temor, nem cair novamente no amargo transe que já o envolveu uma vez. "Propriedade, literalmente, afinal, você literalmente me pertencerá. É tipo comprar um escravo eterno" "E eu...? Se saí de lá antes... Acho que saio de novo..." Cogitou audivelmente, como se buscasse alguma forma de não 'se humilhar' de tal forma, diante do tratamento que D o direcionava. " "Saí" não é exatamente o termo correto afinal, é um ciclo. você vive, comporte-se bem e vai pro paraíso, comporte-se mal e vai pro inferno." "...Mas eu n-" D virou a cabeça meio de lado curioso "complete..." instigou. "Mas eu n-não... Fiz nada de tão errado..?" "hm? mesmo? bem, acho que no seu planeta todo mundo aceita assassinato, falsidade ideológica, tirania, genocídio, cumplicidade... nem deve ser crime isso.", "...Me tire daqui logo, antes que eu me arrependa de pensar nisso, ou de me jogar lá de novo... Por favor." Respondeu numa aparente decisão, cruzando os braços e se encolhendo um pouco, evitando qualquer tipo de contato visual, como se tentando de isolar um pouco dos sentimentos que o perturbavam. "Eu tiro, mas em troca quero sua alma. Você aceita?" Um silêncio o tomou por mais alguns minutos, com outro arrepio de temor subindo sua coluna. Sentando-se, tentou se manter encolhido, confuso no próprio medo de decidir, chegando a tremer. Mal conseguindo pensar, apenas foi capaz de tentar "ordenar" à D que o fizesse, conforme o peso da decisão o atormentava e apavorava, aparentemente o impedindo de responder corretamente. "F-faça de uma vez..!".

 "Kazu, levante-se..." disse ele puxando o rapaz pra cima "...olhe bem..." linhas de energia começavam a se fazer visíveis ao todo seu redor. "G-AH--!" Kazuhiro exclamou, no susto de ter sido erguido, arregalando os olhos em visível pânico, que lentamente se acalmava diante da representação de destino que D o exibia.
"cada um tem um fluxo no tempo e no espaço que segue adiante conforme cada decisão ou fato, isso se chama destino..." nesse momento pode se ver diversas linhas seguindo, muitas se cruzando e de alguns desses cruzamentos subiam ou desciam outras linhas quase na vertical. Centenas de linhas desciam e subiam do poço de chamas abaixo e o mesmo se fazia com a espiral etérea ascendente que havia acima, então percebeu a vertical para baixo de sua própria linha laranja brilhante. "...fora isso, cada ser vivo é ligado às linhas de energia no núcleo do planeta tal como você..." as linhas antes com várias direções agora rumavam cada uma de um ponto até o mesmo centro algumas escassas rumavam para fora, além das estrelas... Alienígenas? "...os vivos têm duas por causa da encarnação no planeta, mas não vem ao caso. A questão é que você tem que escolher desconectar daqui e se conectar a mim pra que eu possa te tirar daqui sem causar um cataclismo no seu planeta e talvez até em outras dimensões" D se pôs à frente dele e encarando-o repetiu "Você aceita?" Com certa fascinação, ele assistiu em silêncio à explicação que lhe era dada, sentindo uma batida forte do coração ao notar a própria linha destacada das demais, tentando compreender plenamente o que lhe era ensinado naquele momento, logo tornando a sacudir a cabeça ao novamente ser abordado, tentando recuar um passo diante do susto de ter o dragão subitamente o encarando, antes de respirar fundo e gesticular um "sim" com a cabeça, respondendo baixo num tom misto de temor e fascinação. "E-eu aceito."



May the ancestor look after you... May they look after us all.
Drakkon Malefor Níõhöggr